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1. RELEMBRANDO



A GUERRA DOS BÁRBAROS




Após a saída dos Holandeses do Brasil - consequentemente também do Rio Grande do Norte - houve necessidade de arregimentar gente para conter as atrocidades dos índios Tapuias, incentivados e auxiliados anteriormente pelos Holandeses. Daí, foram criadas as "Ordenanças" (núcleos de defesa e manutenção da ordem na Aldeia, comandados por um Capitão de Infantaria).


Os primeiros Capitães de Infantaria da Ordenança da Ribeira de Mopebu, foram nomeados ainda no século XVII e foram eles as primeiras autoridades seculares da Aldeia. Aqui, relacionaremos alguns:

* Em 06 de fevereiro de 1668, FRANCISCO PEREIRA DA COSTA

* Em 06 de setembro de 1670, ALFERES DOMINGOS FERNANDES DA COSTA

* Em 05 de setembro de 1675, FRANCISCO DE OLIVEIRA BANHO

* Em 22 de maio de 1677, ANTONIO DA COSTA LEITÃO


Ainda não havia se apagado da lembraça dos mais velhos, os graves acontecimentos que assinalaram a permanência dos Holandeses entre nós, quando irrompe a GUERRA DOS BÁBAROS, que nada mais foi do que a natural insatisfação dos índios contra os colonos portugueses, desde que aqui eles chegaram. Foram sangrentas lutas, grandes saques e incêndios em fazendas.


Para uma coisa esse episódio da história do Rio Grande do Norte serviu, apesar do flagelo que deixou: Desbravar o sertão, mesmo numa luta que abalou a Capitania por dez anos, iniciada em 1687. A Aldeia Mopebu - embora distante do palco das batalhas - teve o seu patrimônio resguardado com a construção de uma CASA FORTE, mesmo com apenas cinco ou seis homens para protegê-la, uma vez que os demais homens da Aldeia haviam se deslocado para combater os outros índios revoltosos no sertão, sob o comando do Coronel Antonio de Albuquerque Câmara, segundo nos conta Augusto Tavares de Lira, que estudou minunciosamente esse período da história Norteriograndense; ele prossegue dizendo que "os pontos onde foram construídas as Casas Fortes, eram os locais mais povoados da Capitania (daí, podemos concluir a importância que a nossa Aldeia tinha na época). Em uma carta ao governo da Bahia dirigida por Agostinho César, há um trecho que diz bem da situação privilegiada em que se encontrava a nossa Aldeia por ocasião da Guerra dos Bárbaros, ou guerra dos índios. Ele diz " tratei do remédio, e o socorro que tive foram 40 soldados de Pernambuco e cerca de 30 índios; com essa gente, saí de Natal duas vezes e, com que tirei das Casas Fortes fiz 160 homens que mandei de Mipibu para o sertão, com os quais intimidei os índios."

Em janeiro de 1695 foi nomeado para a Capitania do Rio Grande do Norte, o pernambucano Bernardo Vieira de Mélo, que deu novo impulso aos destinos da Capitania com a campanha de pacificação dos índios, e obtendo o seu intento após dois anos de esforço quando a paz foi definitivamente restabelecida. No ano de 1697 com o reforço de tropas sulistas comandadas por Domingos Jorge Velho, a fase mais intensa da luta foi debelada e os focos de rebeldia ainda existentes, eram inexpressivos e sem constituir ameaça para a permanência da bandeira portuguesa na Capitania. Estava desbravado o sertão!!!













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